Um pai destacou-se na internet – e, sério, nunca recebi tanta sugestão do mesmo ensaio em um período de tempo tão curto – por retratar seu filho autista.
O responsável por tão belo resultado, que até virou um livro, é Timothy Archibald. O autismo sempre foi um tema bastante tratado na ficção – como no filme Rain Man -, pois sempre gera profundas reflexões devido às circunstâncias dos difíceis, mas sublimes personagens. Inclusive, há alguns dias assisti uma entrevista no Jô com o Zé Wilker e a Fernanda Paes Leme. Entre vários assuntos, eles falaram sobre a peça que adapta o filme já citado, “Rain Man”, ao qual Marcelo Cerrado é o protagonista, Fernanda interpreta uma personagem e Wilker dirige.
E, no caso, a entrevista foi bastante interessante, pois o próprio Jô possui um filho autista. Aliás, em um determinado momento, o apresentador conta uma história onde ele e o Rafinha [seu filho] foram à livraria. Lá, o Rafinha selecionou 20 livros e levou ao pai, para comprar todos. O apresentador, no caso, disse que 20 era muita coisa. Que ele selecionasse pelo menos 10 – pois é, você está aí sonhando em ir à livraria com o Jô -. Rafinha larga todos os exemplares e diz algo como “Então não quero. Porque escolher sempre é perder”
Envoltos em seu próprio mundo, que dialogam com o nosso quando lhes é desejável, são seres humanes extremamente peculiares, que causam um misto de desespero e paixão, como aponta o próprio fotógrafo.
“Echolilia: Sometimes I Wonder”, é o título da série. Segundo Archibald, nenhum dos momentos foi orquestrado ou planejado. Primeiro porque seria impossível fazer com que o filho ficasse mais de alguns minutos realizando a mesma atividade, devidio ao seu gênio. Segundo porque essa jamais foi a intenção. Ao contrário de uma foto comum de família, onde todos estão sorrindo, o fotógrafo optou por registrar Eli da maneira que ele se manifesta ao e no mundo.
***** Fonte literatortura
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